29 de mai. de 2015 | By: @igorpensar

Aos Cacos

No esforço de mantê-lo em pé, sem força, escorregou entre os dedos.
Não há como juntar os cacos e refazê-lo, só resta juntá-los para destiná-los ao lixo.
Tornou-se refugo, escória e descarte.
Tantas mãos por seu liso e translúcido corpo passaram.
Tantas bocas se saciaram em ti.
Mas, agora, encontra-se aos cacos, despedaçado, e serás esquecido.  
Sim, friamente substituído.  Teus cacos se espalharam no mundo. 
Puro esquecimento, este é o teu fim.
O que restou de ti?  O nada, o vazio e a não existência.
Gente?  Talvez um copo que se quebrou por minha distração.

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