30 de abr. de 2011 | By: @igorpensar

Workshop de Educação Escolar Cristã


Estarei ministrando junto com Guilherme de Carvalho e Rodolfo Amorim no 20º WORKSHOP DE EDUCAÇÃO ESCOLAR CRISTÃ organizado pela AECEP (Associação de Escolas Cristãs de Educação por Princípios), instituição que tem filiada a seu quadro de associados as principais escolas cristãs confessionais no Brasil. O evento ocorrerá entre os dias 7-9 de julho de 2011 na Universidade Presbiteriana Mackenzie - São Paulo - SP.

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"Eu acredito no cristianismo como acredito no sol; não apenas porque o vejo, mas porque por meio dele vejo todo o resto"

C.S. Lewis

A educação escolar é um instrumento chave para formar a visão de mundo ou cosmovisão do indivíduo. Muitos de nós, educadores cristãos, fomos formados numa cosmovisão humanista secular que apresenta não só uma única visão, mas também uma visão anticristã de mundo. O educador cristão precisa conhecer as características básicas das cosmovisões predominantes neste século e refletir sobre como isto tem influenciado sua vida e o currículo escolar. Nossa proposta neste evento é resgatar a essência do Cristianismo, que são os princípios fundantes da cosmovisão cristã, e apresentar outras cosmovisões que tem permeado o currículo escolar na atualidade e as consequentes implicações na nossa cultura. Abordaremos as várias concepções de currículo escolar e refletiremos sobre como apresentar uma abordagem cristã de currículo.

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
Haverá uma programação cultural que incluirão apresentações artísticas, visitas ao Museu da Língua Portuguesa, Pinacoteca do Estado de São Paulo (Museu de Arte) e Estação Ciência da USP (A Estação Ciência possui cinco grandes áreas: Física: Astronomia (planetário), Transformações de energia, Eletricidade, Mecânica, Eletromagnetismo, Óptica; Matemática: Matemateca, Matemática brasileira, MATHS 2000(Matemática francesa); Ciências da Terra: Geografia e Urbanismo, Geologia e Petróleo, Castelo Medieval, Bacia Hidrográfica; Biologia: Corpo Humano, Aquários e Biologia Marinha, Butantan; Estação Natureza: cinco grandes vagões, localizados sobre os trilhos na plataforma externa da Estação Ciência, que apresentam ao público os biomas e a diversidade da natureza brasileira, utilizando como ferramenta de sensibilização a interatividade e as sensações (aromas, temperaturas, sons e texturas) como complementação de temas que serão abordados em seções temáticas e workshops curriculares.

Para este evento a AECEP fez uma parceria com o L'abri Brasil* que apresentará as palestras gerais e outras seções temáticas resgatando conceitos fundamentais para uma cosmovisão cristã.


A comunidade L'Abri foi fundada na década de 50 por Francis e Edith Schaeffer na Suíça, existindo hoje em onze comunidades espalhadas pelo mundo. L'Abri significa "o abrigo" em francês, traduzindo bem a identidade essencial da nossa comunidade: a prática da hospitalidade. O L'Abri Brasil foi iniciado oficialmente em janeiro de 2008 como um centro de estudos que combina vida em comunidade, hospitalidade e reflexão cristã. Por meio do engajamento integral e pessoal, o L'Abri quer demonstrar a realidade de Deus, e promover a riqueza da nossa humanidade, por meio de Jesus Cristo. É essencialmente um refúgio: um lugar para recobrar as forças, curar-se, repensar a vida e recomeçá-la.
Mais informações: http://www.labribrasil.org/

PRELETORES CONVIDADOS :

Guilherme de Carvalho é casado com Alessandra de Carvalho e tem duas filhas. Formado em teologia pela EST da Universidade Mackenzie, fez mestrados em Teologia (FTBSP) e Ciências da Religião (UMESP), realizou estudos de Religião e Ciência no Faraday Institute da Universidade de Cambridge, e trabalhou como professor no ensino médio (sociologia) e superior (teologia). É fundador da Associação Kuyper (aket), pastor da Igreja Esperança em Belo Horizonte e diretor de L'Abri Brasil.

Rodolfo Amorim Carlos é graduado em Relações Internacionais (PUC-MG), com uma especialização em Gestão do Terceiro Setor (PUC-MG) e Mestre em Sociologia das Organizações (UFMG). Membro fundador da Associação Kuyper (aket), dirigiu o Centro Betel de Transformação Integral (2003-2007), e trabalhou como professor no ensino médio e no ensino superior. É presbítero da Igreja Presbiteriana do Buritis (IPB), um dos coordenadores do "Arte em Foco" e obreiro de L'Abri desde 2008.

Igor Miguel é casado com Juliana Miguel, cristão reformado, teólogo, pedagogo e mestrando em língua hebraica, literatura e cultura judaicas (USP). Trabalha em tempo integral com Educação Cognitiva e Intervenção Pedagógica na OMCV (Organização Multidisciplinar de Capacitação e Voluntariado) em BH-MG. Faz parte da Associação Kuyper (aket), do Conselho da Igreja Esperança em Belo Horizonte e é voluntário na Escola de Teologia e Vida Cristã do L'Abri.


PALESTRAS GERAIS:

PALESTRA GERAL 1 - A Visão Cristã de Deus e a Identidade Cristã do Educador - Guilherme de Carvalho
- O coração da fé cristã é o próprio Deus Trino, tal qual se revelou na história da salvação e nas Escrituras. E a identidade do Cristão é moldada e definida por esse conhecimento de Deus. Na primeira plenária vamos examinar qual é a visão Cristã de Deus, como ela constitui a identidade e a cosmovisão cristã, e como a busca por uma Educação geuninamente cristã é inseparável do conhecimento de Deus.

PALESTRA GERAL 2: - A Identidade Cristã do Educador e o Currículo - Igor Miguel
- Na segunda plenária examinaremos de perto a relação entre a pessoa do educador e o currículo, tanto no nível explícito (do conteúdo e de sua estruturação) como no nível implícito (da identidade do educador). A chave para essa reflexão será o estudo da idéia Bíblica de "Sabedoria" como chave para a compreensão da tarefa pedagógica cristã.

PALESTRA GERAL 3: - O Senhorio de Cristo e a Missão de Educar - Guilherme de Carvalho
- A terceira plenária tem como tema central o Senhorio de Cristo sobre todos os aspectos da vida, e como isso altera todas as relações de poder - na política, na família, na igreja, no trabalho e principalmente na escola. Partindo de um estudo da Cosmovisão Bíblica na Carta de Paulo aos Colossenses, vamos buscar uma compreensão profunda e prática sobre como o próprio ambiente Escolar carrega um currículo oculto, e como esse currículo oculto pode ser iluminado e transformado pelo Senhorio de Cristo.

PALESTRA GERAL 4: - O Escopo Integral da Espiritualidade Cristã e a Tarefa Educacional
- O foco da plenária inicial é o impacto da visão Cristã de Deus na pessoa do educador; na plenária final o foco será a relação do educador com os diversos aspectos de sua vida no mundo. Nossa tese central será de que a espiritualidade cristã tem um escopo integral, tocando todas as áreas da vida. Após apresentar a tensão existente entre modelos de espiritualidade fragmentados e a prática educacional contemporânea, será apresentado o modelo bíblico abrangente de espiritualidade e seus desdobramentos para uma prática educacional integrada e integradora da vida humana na criação.

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Apoio:

SBB – Sociedade Bíblica do Brasil

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28 de abr. de 2011 | By: @igorpensar

Páscoa Judaica (Entrevista TV)

Finalmente, na íntegra o vídeo da entrevista que participei no programa Brasil das Gerais.  Uma forma de compartilhar os vínculos culturais e espirituais entre o cristianismo e o judaísmo.  E claro, como elementos litúrgicos dos judeus, foram apropriados e re-significados por Jesus e pelo cristianismo.








20 de abr. de 2011 | By: @igorpensar

Daniel Juster: cristianismo histórico


A pouco publicado, este é o segundo texto da série Dual Expression Communities (Comunidades de Dupla Expressão) de autoria do Daniel Juster.

Juster, frequentemente tem asseverado que o judaísmo-messiânico como idealizado por seus pioneiros, é o lugar apropriado para o acolhimento de judeus que creem em Jesus como Senhor, Deus e Messias.

Por outro lado, é evidente, que há muitos cristãos em crise com o formato de cristianismo que vivenciam, e acabam migrando para comunidades que se valem de expressões simbólicas judaicas, acreditando encontrarem lá a "Igreja Primitiva" ou do "I Século".

A raiz deste problema está no formato de cristianismo que conheceram e na baixa educação a respeito dos fundamentos históricos e na tradição de sua própria fé.

Vale a pena um lida no texto em seu formato completo. Traduzi alguns trechos, que considero urgentes. Espero que ajude a todos a caminharem rumo a uma espiritualidade sólida, cristocêntrica e conectada à historicidade de sua fé.

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"Muitos gentios que pensam que a congregação judaico messiânica é a forma ideal de Igreja, pensam isto por causa de um entendimento, educação ou experiência insuficientes na herança da Igreja. Hoje, muitas expressões contemporâneas de cristianismo não possuem raízes. As músicas são todas recentemente escritas, com poucos versos e pouco conteúdo. Eles [cristãos] estão sendo arrancados do grande conteúdo do cristianismo histórico. Por isso, o cristianismo lhes parece tão mau, quando comparam o judaísmo messiânico e o cristianismo contemporâneo que eles conhecem.

[…]

O cristianismo também tem profundas expressões com raízes nos apóstolos e os pais da Igreja ao longo da história. Alguns cristãos que vieram de contextos católicos ou ortodoxos, podem vir a julgar estas expressões como comprometidas pelo paganismo. Alguns destes julgamentos podem ser resultado de uma falta de entendimento, e por esta causa, rejeitam estas expressões, e ao compará-las com o judaísmo messiânico, este lhes parece puro e corretamente enraizado. Assim, se por um lado, na visão deles, há um cristianismo pagão, e por outro, um cristianismo contemporâneo raso, novamente, escolhem o judaísmo messiânico como expressão ideal da Nova Aliança.

[…]

A pessoa que desdenha da herança cristã não conhece a profundidade da herança cristã protestante em suas variantes. Estes fatores são importantes ao se criar o tipo de dupla expressão que é realmente mais fidedigna. Esta é uma expressão que honra ambas as heranças: a judaica e a cristã, onde elas são coerentes com a Bíblia."

Daniel Juster – renomado teólogo e líder judeu messiânico americano.

19 de abr. de 2011 | By: @igorpensar

A Palavra Crucificada (áudio)

"Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo." (Hb 1:1-2).

Deus criou pela Palavra, chamou Abraão pela Palavra, entregou sua Palavra no Monte Sinai, proclamou-a pelos profetas, e finalmente, ela se fez carne em Jesus Cristo, o verbo de Deus. Entretanto, a trajetória da Palavra de Deus, tem sua concretização na história, através do testemunho dos santos. Que anunciam Jesus como cartas vivas, escritas pelo Espírito Santo.

Mais uma mensagem em áudio, cujo objetivo é afirmar a grandeza e a centralidade da revelação de Deus em Jesus Cristo. A palavra crucificada, que triunfou sobre a morte e iluminou o caminho de homens sob o cativeiro da confusão e das trevas.

Ouça abaixo, ou baixe aqui.


Em Jesus Cristo,
Igor Miguel
11 de abr. de 2011 | By: @igorpensar

Diz o Rabi: Se eu fosse cristão...

O rabino Herman Sanger (1909-1980) escreveu um panfleto em novembro em 1943 com uma reflexão intitulada "Se eu Fosse um Cristão". Sanger fez algumas palestras transmitidas pela Rádio ABC. Vejam que incrível as palavras deste renomado rabino:

“Se fosse cristão tão devota e legalmente como sou judeu, o quê faria? Tomaria grande orgulho, como estou certo que vós fazeis, no maravilhoso relato da Cristandade e do Cristianismo como força construtiva na história da civilização. Nos dias da escuridão estética e moral mais escura, conventos e mosteiros cristãos eram refúgios de aprender, o lar de arte, e de santuários e igrejas a reta luz de fé elevadora e enobrecedora reluzia. Relembraria isso e me gloriaria no fato. Devotaria ainda qualquer esforço da minha vida para o fim que a força civilizadora da minha Igreja fosse feita para contar efetivamente no esforço contemporâneo da humanidade para construir um mundo digno da humanidade, criando uma vida que reflita a inspiração divina. [...] Se fosse cristão, estaria agitado no profundo da minha alma pelo pensamento que eu e a minha Igreja eram silenciosos por tanto tempo, e que encontramos expressão só quando a tragédia alcançara o seu clímax abominável. Resolveria fazer qualquer coisa no meu poder para ajudar e salvar - abrir portões de países livres, onde os torturados pudessem encontrar refúgio, possibilitar aos que manejam escapar a encontrarem lar na Palestina, a terra dos seus antepassados.”

Maiores informações: http://www.jcrelations.net/pt/?item=2166
9 de abr. de 2011 | By: @igorpensar

Chesterton e o Massacre de Realengo

Se o grande defensor da fé cristã G.K. Chesterton estivesse vivo, o que ele diria a respeito do assassino e suicida do Realengo? O que diria? Uma das melhores explicações sobre o suicídio que já li em minha vida, foi a que encontrei em Ortodoxia. Uma obra publicada em 1908 e que reflete muitas impressões sobre as contradições da vida moderna.

Não quero escrever nada sobre o acontecido, apenas cito um profeta, para que de suas palavras, possamos refletir sobre o acometido que chocou a população brasileira. Em meu caso, como educador, é muito difícil assimilar ou processar o que aconteceu com crianças de uma faixa etária que lido todos os dias da semana.

Ficam aí as palavras de Chesterton:

O suicídio não só constitui um pecado, ele é o pecado. É o mal extremo e absoluto; a recusa de interessar-se pela existência; a recusa de fazer um juramento de lealdade à vida. O homem que mata um homem, mata um homem. O homem que se mata, mata todos os homens; no que lhe diz respeito, ele elimina o mundo. Seu ato é pior (considerado simbolicamente) do que qualquer estupro ou atentado a bomba, pois destrói todos os prédios; insulta a todas as mulheres. O ladrão se satisfaz com diamantes; mas o suicida não; esse é seu crime. Ele não pode ser subornado, nem com as cintilantes pedras da Cidade Celestial. O ladrão elogia os objetos que furta, quando não elogia o dono deles. Mas o suicida insulta a todos os objetos da terra ao não furtá-los. Ele conspurca dada flor ao recusar-se a viver por ela. Não existe nenhuma criatura no cosmos, por mínima que seja, para quem a sua morte não é um escárnio. Quando alguém se enforca numa árvore, as folhas poderiam cair de raiva e os pássaros fugir em fúria, pois cada um deles recebeu uma afronta direta. Obviamente pode haver patéticas desculpas emocionais para o ato. Geralmente as há para o estupro, e quase sempre para o atentado a bomba. [...] Obviamente um suicida é o oposto de mártir. Um mártir é um homem que se preocupa tanto com alguma coisa fora dele que se esquece de sua vida pessoal. Um suicida é um homem que se preocupa tão pouco com tudo o que está fora dele que ele quer ver o fim de tudo. Um quer que alguma coisa comece; o outro, que tudo acabe. Em outras palavras, o mártir é nobre, exatamente porque (embora renuncie ao mundo ou execre toda a humanidade) ele confessa esse supremo laço com a vida; coloca o coração fora de si mesmo: morre para alguma coisa. O suicida é ignóbil porque não tem esse vínculo com a existência: ele é meramente um destruidor.

G.K. Chesterton em Ortodoxia, p.120-122.
8 de abr. de 2011 | By: @igorpensar

Minha religião é o cristianismo

Por Igor Miguel

Sei que os moderninhos de plantão vão gritar. Mas, não estou preocupado. Apenas me preocupo em afirmar que a energia que dedico é mais por Cristo do que por qualquer outra coisa. Entretanto, dedico energia também para defender os que defenderam meu Senhor com suas próprias vidas, energia e capacidade. Defendo não somente Cristo, mas também seus dons, suas dádivas, e naturalmente, sua Igreja.

Tenho ouvido com frequência as pessoas usarem a frase de Ghandi (um não-cristão) de que "querem Cristo"  mas "não o cristianismo", afirmam que não querem uma "religião".

Claro que temos uma religião, a vida religiosa é inescapável. Religião é um sistema de vida, uma visão de mundo afetada por nossas convicções a respeito do que Deus é e do que somos a partir desta crença nEle. Ora, neste sentido, todos temos uma religião e ela é inescapável.

Eu entendo que muitos se valem do termo 'religião' para se referirem ao legalismo e a práticas religiosas que acabam se tornando um tipo de sistema de auto-salvação operada pelas obras. Eu compreendo, mas não me sinto confortável com a simples descartabilidade do termo.

A questão é que alguns preferem se ligar a uma comunidade histórica, situada no tempo, complexa, mas presente e persistente entre as nações, para se posicionarem religiosamente. Outros, preferem o individualismo iluminista, preferem a afirmação pagã de que se é "dono do próprio nariz", alegando sutilmente, que a religião cristã é apóstata ou pagã, invertendo a alegação. Tenho ouvido isso recorrentemente por aí, infelizmente, tenho ouvido homens como Caio Fábio, Ricardo Gondim e outros, falando coisas do gênero. Tenho ouvido isso de emergentes, pessoas envolvidas em movimentos proféticos, igreja orgânica, anti-institucionalistas e primitivistas. Ora, o problema é que ao afirmarem que não querem nenhum vínculo com o cristianismo, no fundo, demonstram puro orgulho. Preferem seus próprios créditos do que a credibilidade daqueles que nos antecederam.

Mas, o que é o cristianismo? Pergunta difícil, porém, reduzi-lo a seu formato clássico institucional não seria justo. Afinal, o cristianismo transcende os muros do catolicismo romano, coisa que o próprio catolicismo admite. Não são poucos os teólogos católico romanos que leem teólogos protestantes, reconhecendo-os como parte da grande cristandade.

Mas pode-se afirmar certa unanimidade quanto aos traços gerais do cristianismo e aquilo que lhe é comum, o que venho chamando de "núcleo duro" do cristianismo:
Que nosso Deus é único, é criador de todas as coisas, eternas e temporais. Que este Deus se dirige aos homens para salvá-los. Que esta salvação envolveu a própria revelação de seu amor, por meio da encarnação de seu Filho - Jesus Cristo. Que é Ele mesmo Deus, e é Ele mesmo o rosto do Pai e reflete quem Ele é. Que este Jesus, é a provisão de Deus para o perdido. Que em seu drama de nascimento, ministério, morte, ressurreição, ascensão e retorno, efetua eficazmente os planos de salvação e redenção dos homens e da criação. O cristianismo em unanimidade crê na atuação presente do Espírito Santo nos discípulos de Cristo, selando-os até o dia do resgate da herança (Ef 1). Que este Espírito guia, consola e inspira os santos, para que vivam a realidade da ressurreição e a realidade de Cristo, mesmo após 2 milênios após sua ressurreição. Sem qualquer evidência concreta, homens de todos os povos, línguas e nações curvam-se à persuasiva ação do Espírito, que convence o homem do pecado, justiça e do juízo. Todo cristão sabe, que o cristianismo sempre pregou, que por um ato de graça, nos unimos misteriosamente com Jesus e que esta união inaugura uma vida nova, uma vida de fervor, missão, santidade e boas obras que glorificam a Deus. E mais do que isso, esta união nos eleva como criaturas, justificando-nos, suspendo a ira, a cédula da dívida, a condenação.
Isto é cristianismo básico, e se isso é o que o cristianismo pregou e prega, eu sou cristão e minha religião é o cristianismo. Claro que existiram péssimos cristãos, mas o foram não por falta de aviso, pois estava tudo lá. Se na última ceia tinha um discípulo que o traiu (Judas), outro que negou (Pedro) e o amado (João), por que o cristianismo seria diferente? Lugar de joio e de trigo, por isso, digno de minha atenção, minha comunidade.

O falso-cristão não anula o testemunho histórico do que bons cristãos fizeram (e a lista é enorme desses santos). Eles eram no final, bons discípulos de Cristo, bons exemplares e testemunhas dessa salvação. Assim, negar o cristianismo é negar toda esta estrutura de fé, confissão e paixão que orbita ao redor da suficiência de Jesus Cristo. Afirmar o cristianismo é fazer parte de uma comunidade com uma fé central, basilar e cristocêntrica, mas ainda uma comunidade longe de ser perfeita, ela é inacabada, eclesia casta et meretrix*. 

Não bate nela não, pois o cristianismo é o abrigo, a interface cultural entre o Corpo Invisível de Cristo e a história.

Sem frescuras: Meu Deus é Jesus Cristo, mas minha religião é o cristianismo.
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*Igreja Santa e Pecadora (prostituta)
5 de abr. de 2011 | By: @igorpensar

Children of God (Filhos de Deus)

Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.

(Romanos 8:14-17)



Adotados...