30 de jul. de 2009 | By: @igorpensar

Uma dose de saudosismo

Acabei de receber do meu primo Felipe Abreu (Rasta) lá de Cabo Frio-RJ, minha cidade natal. Fotos incríveis, tive uma experiência de quase regressão. Ele encontrou fotos de 1996, quando participávamos de um encontro escoteiro no Colégio Estadual Miguel Couto (onde estudei da 3a. série até parte do Ensino Médio). Meu primo é o menor de todos nas fotos, eu apareço hasteando a bandeira nacional (ao som de: Tropa! Bandeira Nacional em saudação!) e depois em outro quadro, apareço atrás de meu primo, provavelmente brincando com ele, como sempre fazia.

Fiquei muito emocionado com estas fotos, pois fora um tempo muito divertido. Na foto aparecem vários amigos e pessoas que nem sei como encontrar mais. Bruno, Margarete (Maga), Marcelo (Heavy Metal), Jefferson e outros... nessa época estávamos tentando organizar um Grupo de Escoteiros no Rotary Clube de Cabo Frio.

Saudade, muita saudade... Tempo cruel!




19 de jul. de 2009 | By: @igorpensar

Corretor Gramatical no OpenOffice (CoGrOO)


Por Igor Miguel

Um dica importante para aqueles que estão migrando ou já migraram para o mundo open de um sistema operacional livre como o Ubuntu (GNU/Linux). Pois é, na migração ou os que estão interessados em abandonar o Window$, sempre surgem aquelas perguntas inevitáveis, naturais de mentes escravizadas pelo universo Micro$oft (como a minha era outrora): Tem word, powerpoint e excel no Linux? He he he! Na verdade, não! Você têm um editor de texto melhor que o word, um editor de planilhas eletrônicas e um gerenciador de apresentações. Esse conjunto que no universo Micro$oft estão associados ao pacote Office, aqui em Zion, chamamos de OpenOffice. Bem, eu poderia falar das várias vantagens de usar esse pacote livre e gratuito, mas isso mereceria um outro post.

Mas, vamos direto ao assunto. Muitas pessoas ao compararem o Micro$oft Office e o OpenOffice fazem a seguinte objeção: - O editor de texto OpenOffice não tem corretor gramatical como o word. Neste ponto temos que deixar uma coisa clara: qual é a diferença entre corretor ortográfico e corretor gramatical?

O corretor ortográfico verifica palavras escritas corretamente ou não. Indica isso como um sublinhado ondulado vermelho (no OpenOffice é a mesma coisa).

O corretor gramatical é a função do editor de texto que indica problemas gramaticas em determinadas frases e construções textuais. Por exemplo, erros de concordância. No pacote micro$oft há um sublinhado ondulado verde, para indicar tais problemas.

No openoffice não há um corretor gramatical nativo, ou seja, que já venha com a distribuição. Mas, como quase tudo no universo livre tem solução e compartilhamos isso uns com os outros, eis uma benção!

Me refiro ao corretor gramatical CoGrOO perfeitamente acoplável ao OpenOffice e que conforme o próprio site da extensão, detecta os seguintes parâmetros gramaticais:
  • colocação pronominal
  • concordância nominal
  • concordância entre sujeito e verbo
  • concordância verbal
  • uso de crase
  • regência nominal
  • regência verbal
  • erros comuns da língua portuguesa escrita
Assim, gente como nós, que gostamos de escrever alguma coisa, artigos, monografias, posts, dissertações e livros: eis uma excelente ferramenta!

Quer aprender como colocar o bichinho lá no editor de texto OpenOffice? Siga o seguinte procedimento:

Passo-a-Passo (Para usuários de OpenOffice 3.0.1)

1. Abra o editor de texto OpenOffice vá à ferramentas >> opções e no menu "OpenOffice.org" clique na sub-opção "Java". Depois de um pequeno tempo, será listada a versão Java que está rodando. No meu caso aparece "Sun Microsystems Inc. 1.6.0_14". Se estiver desativado, ative marcando o botão ao lado esquerdo da listagem.

2. Só dê prosseguimento a este tutorial, se sua versão Java for 1.5 ou superior. Do contrário, atualize-0 ou instale-o (se não aparecer nada no passo anterior). Se está usando Ubuntu informe-se a respeito da instalação do Java aqui.

3. Depois de verificada a versão Java e tudo deu certinho. Chegamos na parte fácil, vamos baixar a última versão (3.0.5) do CoGrOO, para isto, basta clicar aqui. Copie o arquivo *.oxt para uma pasta acessível, por exemplo, o Desktop (Área de Trabalho).

4. Feito isso, agora é só instalar ou acoplar a extensão. Abra o editor de texto OpenOffice novamente (se ainda não estiver aberto) e vá para >> Ferramentas >> Gerenciador de Extensão >> Adicionar [localize o arquivo CoGrOO-AddOn-3.0.5-bin.oxt no diretório que você o salvou] selecione o arquivo baixado e clique em "abrir". Aguarde a instalação.

5. Se a instalação foi feita bem sucedida, o CoGrOO irá aparecer na lista do Gerenciador de Extensão, no meu caso aparece a corujinha (ícone), escrito ao seu lado "CoGrOO Corretor Gramatical 3.0.5

6. Agora é só reiniciar o editor de texto OpenOffice e pronto. Faça um teste, escreva uma frase com concordância errada, por exemplo: "Os meninos é legais.", automaticamente, deverá aparecer um sublinhado ondulado azul abaixo do trecho problemático, basta clicar com o botão direito do mouse sobre a palavra indicada e haverá uma observação gramatical sobre a frase.

7. Se por acaso o sublinhado não aparecer de primeira, basta forçar a verificação. Vá à ferramentas >> corretor gramatical CoGrOO >> verificar texto. Ao abrir a janela, saia dela logo em seguida. Isso fará com que automaticamente o texto seja corrigido daí em diante em todos os documentos com textos em português (pt-br).

Façam bom uso!
15 de jul. de 2009 | By: @igorpensar

João Calvino e os Judeus

Em memória do grande reformador francês João Calvino e pela comemoração de seus 500 anos, achei por bem traduzir um trecho de um post do blog: Right Turns intitulado "John Calvin and the Jews", façam bom uso!
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Uma das melhores explicações do que está por trás do filosemitismo de Calvino pode ser encontrado em Azure em um tocante artigo por Armand Laferre, um Huguenote francês, intitulado "The Huguenots, the Jews, and Me":
Esta pequena nação [os judeus], ele [João Calvino] explica, foi escolhido por Deus para manifestar seu amor, não porque os judeus eram menos pecaminosos que os outros povos, mas porque esta foi a eterna, imerecida e inqüestionável decisão de Deus: 'Deus tem atestado isto [predestinação] não apenas em pessoas individuais', ele escreveu, 'mas nos deu um exemplo disto em toda descendência de Abraão...'. Ele também sustentava que: '[aqueles que dizem que a bondade de Deus se estende a todas as criaturas], deixe-os responder porque Deus vinculou-se a um povo, para ser seu pai..'.
Finalmente, enquanto católicos e luteranos argumentavam que a Lei de Moisés era mas um símbolos de uma aliança espiritual de Deus e o homem em Cristo, Calvino insistiu que a lei, que foi dada apenas para os judeus, deveria ser vista como um sinal do amor particular de Deus por Israel.
Texto original. Tradução: Igor Miguel.


14 de jul. de 2009 | By: @igorpensar

Uma frase sobre homem...

"O homem é a única criatura que Deus fez cujo ser não está em si mesmo, e que por si mesmo não é nada. A 'canicidade' do cão está no cão, mas a 'humanidade' do homem não está no homem. Está na sua relação com Deus. O homem é homem porque reflete Deus, e somente quando ele assim o faz [tradução]".

Daniel Thambyrajah Niles - Studies in Genesis - 1958

13 de jul. de 2009 | By: @igorpensar

O Mal-dito pelo Bem-dito

Por Igor Miguel

Perder a ingenuidade é sacrificante. Perder a inocência de ouvir as coisas e deixá-las passar como se fossem apenas palavras é dolorido. O não-dito diz muito coisa. O mal-dito é mais fácil de processar do que o bem-dito. Atos falhos, opiniões caóticas, falas-egocêntricas e gestos inesperados, têm muito a dizer. Sinceramente, isso me assombra.

Depois de perder a ingenuidade, adquire-se certa sensibilidade para ouvir a alma, para detectar o que está borbulhando lá para trás do véu dos tabus. Lá na distante memória, no lugar que os cacos de imagens, símbolos, fobias e terror, que não passam batido, estão armazenados.

Dói! Dói, ouvir o que está por trás da fala. Dói, entender as palavras para além da aparente superficialidade. Não é fácil lidar com o simbólico, com o rito e os gritos por trás do rotineiro.

Quando se perde a ingenuidade, sofre-se, sabe-se quando mentem, odeiam, omitem e amam. Fingir que o dito não foi dito, que o dito as vezes não é maldito é de um esforço artificial, plástico, insuportável.

Por isso, retomo Martin Buber: quando o eu encontra o tu, quando o verdadeiro encontro acontece, as palavras acabam e a totalidade do outro é absorvida, é pura relação, pura alteridade.

Mas, é proibido apelar! Apelou perdeu playboy! Por isso, ele cria um castelo, um enredo teatral para sustentar sua questionável estabilidade. Sustenta-se a firmeza, quando o que se tem é um monte de farelo e pó. Mas, até quando continuarás sustentando a beleza deste quadro? Até quando suportarás? As palavras são como espinhos entre os teus dedos. Podes suportá-las?

Abre o teu coração! Reorganize o sentido de tua presença na história. Não pode ser o tempo passando, você também passa pelo tempo. Deixe lá tuas impressões! Como em pavimento recém cimentado, escreve teu nome com data, para que todos se lembrem, que um soldado anônimo lutou e venceu, ou pelo menos morreu tentando.

Teu gesto pode ser simples como de um jardineiro, que em gestos pacientes prepara o cenário, para que uma surpreendente flor brote em teu canteiro. Eis a alegria do que colhe, do que rega e do que vê.

Benedito, desabroches! Pois tua infância acabou, em breve darás frutos. Assim, aos ouvidos menos ingênuos deixarás palavras bem-ditas: "Bendito o que ouve estas minhas palavras ...".
9 de jul. de 2009 | By: @igorpensar

Internet, Segurança e Sistema Operacional

Por Igor Miguel

Ontem o mundo testemunhou os efeitos de um ataque virtual bem articulado e simultâneo. Vários sites do governo americano e sul coreano saíram do ar . Como isso foi feito? Simples. Todo portal tem uma cota de acessos que quando excedida é bloqueado pelo servidor automaticamente, salvo se os administradores aumentarem a cota. O problema é que os ataques que aconteceram, foram realizados dentro da seguinte lógica:

Um grupo de crackers[1] e não hackers, como veicula a mídia, implantaram pequenos programas em máquinas vulneráveis em diversos lugares do mundo. Assim, estes computadores tornam-se zumbis. Em um horário e data especificados efetuaram acessos simultâneos a sites pré-determinados pelos crackers, sem autorização dos usuários das máquinas usadas. Resultado? Milhares de máquinas acessando determinado site, por exemplo: www.state.gov. Com o excesso de acesso de diversos lugares do mundo, estoura-se a cota de acesso e pronto, sites de bolsas de valores, bancos, sites governamentais e outros saem do ar, provoca-se uma pane generalizada. Assim, até que os administradores tomem as providências, muito dinheiro e tempo é perdido, principalmente em um mundo cada vez mais dependente da Internet e dos computadores.

Importante lembrar que o mundo está caminhando para uma mudança de paradigma, o chamado clouding computing. Cada vez mais usa-se a internet e recursos disponíveis na web ao invés de programas instalados no computador local. A Google pensando nisso, já anunciou o lançamento de seu Sistema Operacional (Chrome OS), que seria um sistema que integra o computador com um usuário cada vez mais on-line que off-line.

Obviamente, com o aumento de máquinas vinculadas à internet, problemas de segurança e vulnerabilidade à invasões ou coisas do gênero aumentarão. Solução? O uso de sistemas operacionais mais seguros. O tempo Window$ já acabou, um sistema operacional de pouca versatilidade, pouco integrado com a internet e cheios de fúros foi o que possibilitou os computadores zumbis nesta última ação cracker. Meu computador, por exemplo, não estava na lista destes crackers, por uma questão simples. Uso um sistema operacional livre em plataforma GNU-Linux, que exige a assinatura do usuário para qualquer ação relevante. Detalhe, não uso qualquer anti-vírus em meu computador.

Outro detalhe, como os usuários de um sistema operacional linux ainda não são tantos, a proliferação acontecerá obviamente através de usuários Window$ ingênuos, que acham que seus computadores nunca serão invadidos.

Use um sistema operacional livre, gratuíto e seguro. Adote uma distribuição Linux. Há uma distribuição extremamente fácil, funcional e em português: Ubuntu.

Veja os vídeos abaixo (nota: A bobo-ponto-com não é o melhor provedor de conteúdo do mundo):


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[1] O termo hacker é uma referência aos especialistas em segurança de rede, que conhecem as vulnerabilidades de determinada rede e seus computadores integrados a ela. Cracker é uma referência a alguém que possui basicamente os mesmos conhecimentos de um hacker, porém faz uso destes conhecimentos com fins maliciosos, como invasão de redes, roubo de senhas, disseminação de vírus, trojans, worms, etc.
5 de jul. de 2009 | By: @igorpensar

Sergei Rachmaninoff

Domingo de tarde... liguei meu televisor e como sempre, ao passar os canais, parei pelo magnetismo das músicas do programa "Harmonia" da Rede Minas. Hoje, tive o privilégio de ouvir (sob interpretação do notável pianista brasileiro Artur Moreira Lima) uma composição de Sergei Rachmaninoff (1873-1943), pianista russo de estilo romântico, que ficou conhecido por sua habilidade em fazer notas complexas por causa de sua abertura de mão. Especula-se que ele era portador de Síndrome de Marfan, por isso sua mão era hiperatrofiada (grande), o que lhe permitia fazer combinações musicais inéditas, se compararmos com músicos possuidores de "mãos convencionais". O estilo romântico de Rachmaninoff me fez chorar e espero sinceramente que sintam a mesma emoção que eu senti, ouvindo o balanço e o desenvolvimento de sua criatividade musical. Há um cheiro de mata em sua música, há um calor e ao mesmo tempo uma doçura de arrepiar.

Espero que desfrutem da generosidade de Deus ao dar tamanha capacidade aos homens. Tirar dons de "síndromes" é o que mais me impressiona.

Quem interpreta é o pianista búlgaro Georgi Cherkin, boa música!

Abraços,
Igor

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Allegro Scherzando - Parte - I



Allegro Scherzando - Parte - II