28 de mar. de 2008 | By: @igorpensar

Um poema de um amigo - I

Olá pessoal, Achei por bem postar nesse blog, um excelente artigo, de um excelente e velho amigo: Moisés Messias (Cabo Frio-RJ). Com esse nome, você já pode imaginar o que vem por aí. Só uma nota... Já estudamos juntos no Jardim de Infância, e nossos caminhos se encontraram novamente. Soberania de um Soberano sobre a História!

Abraços, Igor

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HERRAR É UMANO!!!

Por Moisés Messias

Estou aqui para defender um direito que é universal: o direito de "herrar". Eu herro querendo acertar. Eu herro, por querer herrar. Eu herro e não nego. E daí? Quem nunca herrou, que atire a primeira pedra. Enquanto isto estarei escrevendo na areia os meus herros, pois, Eu sou "umano". E me orgulho de ser umano. Sinto-me mal quando deixo de ser umano. Odeio a idéia de mecanização do "ômem". Um mal afeta a "umanidade": Coisificamos as vidas e vitalizamos as coisas! Acredito firmemente que o herro, faz parte de todo o processo chamado aprendizagem. E aprender com os herros, é fenomenal! Fantástico! O herro de hoje, presciência do amanhã. Creio! Em Deus? Não. No ômem! Desde que este omem esteja disposto a ser homem com h. Quem faz a "istória" somos nós. DEUS ultimamente está assentado em seu alto e sublime trono, de férias, descansando e observando os "fiéis na terra". Entenda-se: Fiéis aos seus destinos, fiéis as suas vocações, fiéis aos seus sonhos e projetos, fiéis aos seus corações. O ômem infiel, é aquele que corrompe os seus instintos e vontades em nome de uma pseudo moral. Mascarando e transmutando assim toda a verdade e toda a natureza que a nós foi outorgada de graça, mas que se tornou sem graça e cara por causa das inúmeras circuncisões sociais institucionalizadas e dogmatizadas. Sendo "falço" consigo mesmo, o ômem não consegue a tão sonhada liberdade. Ser livre é aceitar os herros. É conviver com os mesmos. É entender que somos herrantes. Não "çomos" imperfeitos ou mesmo defeituosos, somos limitados e falhos. Ah... Queria escrever algo assim... Queria muito mesmo. E "ah" tempos tenho tido uns sonhos. Desejo tanto compartilha-los com alguém. "JENTE" HERRAR É UMANO!
26 de mar. de 2008 | By: @igorpensar

HOMO HÚMUS - HOMO CÚMULUS

Por Igor Miguel

A palavra homem vem do latim húmus, referindo-se àquela camada orgânica do solo que a enriquece. De alguma forma, o homem é esse ser em potencial que nutre a vida de cores, de imaginação, símbolos e possibilidades.

Quando o homem deixa de ser húmus ele dá um golpe em sua própria condição fundamental. Ele procura galgar os degraus do poder e assediar os outros moralmente. Ele se torna assim, um ser truculento e amorfo. Não respira, não chora, não come, não ri e não se distrai. Ele vira uma outra espécie e torna-se o homo cúmulus.

Cúmulus vem do latim e significa aquele ponto alto, o clímax. Posição que muitos ambicionam. Ambição que resultou na mutação, o homo húmus deixou sua condição primeva e tornou-se uma subespécie. Perdeu a arte de ser modesto e sua familiaridade com o barro e o pó.

Sim! Certamente a modéstia é uma arte. Principalmente em um mundo onde todos querem se sobressair e “evoluir”. Afinal, quem correria o risco de ser excluído da cadeia alimentar?

Esse homo cúmulus é uma espécie estranha. Estranho a si mesmo e àquilo que é humano. Um ser desprovido de criatividade, de idéias e sonhos. Ele vive em um mundo sem arte, cor e sensibilidade. Ele está tão elevado em relação àqueles que o cercam, que vive só, uma espécie solitária. Ele se parece com aquele filho cujos pais não o permitem brincar na terra, pois temem que ele se suje ou contraia alguma moléstia.

O homo cúmulus é este bicho com hábitos pitorescos. Ele vive na esterilidade de uma redoma com ar-condicionado, um universo sobre-humano (ou seria desumano?) donde não quer sair. Ele perdeu o amor pela terra, perdeu o amor pelo verde e pela aventura, na verdade ele se perdeu. Criou sua selva e seu mundo, e não sabe mais de onde veio. Ele deixou de acreditar que além do azul do céu há alguma coisa ou alguém.

6 de mar. de 2008 | By: @igorpensar

Pedagogia Libertadora por Uma Gestão Libertadora

Atualização de notícia (02/09/08): O artigo foi aprovado e será publicado pelo VI Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, acesse aqui informações atualizadas.

Por Igor Miguel

Estou trabalhando em um artigo que já foi escrito, mas que necessita de algumas revisões antes de sua publicação oficial. Naturalmente, não disponibilizarei na íntegra tal escrito neste blog, a menos que ninguém queira publicá-lo. O que espero não acontecerá.

Na verdade este artigo, que não tem o título deste post, ao menos é o que parece, trata sobre minhas reflexões sobre a gestão educacional. Há alguns semestres atrás, foi-me exigido produzir um artigo na disciplina "Gestão Educacional", e como um "quase pedagogo" que sou, não hesitei em impimir em texto minhas impressões sobre tal temática.

Pois bem, o resultado nasceu das seguintes problematizações:

  • Quais as filosofias sobre a gestão hoje?
  • Se há uma demanda por um gestão que leve em conta o aspecto humano, haveria uma filosofia ou filosofias que dariam suporte teórico à tal proposta?
  • Não seria as reflexões de Paulo Freire e sua pedagogia libertadora uma boa referência filosófica para tal empreendimento?

Dessas problematizações, nasceu enfim um artigo em que procuro esboçar o início de uma futura investida (mais sistemática) sobre esse diálogo entre Paulo Freire, a pedagogia da libertação e a gestão.

Apesar, de me concentrar na gestão educacional, naturalmente os princípios produzidos no texto podem ser expandidos para outros contextos, como por exemplo, a pedagogia empresarial, a gestão de recursos humanos, treinamento de pessoal e outras possíveis esferas.

O termo gestão nasce justamente em resposta aos modelos adminsitrativos tradicionais. Naturalmente, a gestão como processo produtivo vem sofrendo várias problematizações teóricas e adotando diversos modelos que potencializem a produtividade nas diversas esferas institucionais.

Em tempos em que o capital é flúido, e há presença de estruturas administrativas cada vez mais complexas. Na contradição entre massividade e individualismo, cresce a demanda por uma gestão que re-posicione o sujeito com centro do processo e não objeto ou instrumento do mesmo.

Os modelos administrativos rígidos, que dão ênfase na estrutura hierarquizada, na relação patrão-empregado e nos trâmites burocráticos, além de obsoletos, alienam o principal agente da produção, o homem. O problema, está justamente na migração desse modelo para a educação. O Processos educativo, em lato sensu, não lida com um produto quantificável, lida com a aprendizagem, com a cognição e com o potencial cognitivo de seus sujeitos. Não há nada mais questionável do que uma estrutura mecânica e burocrática em relações tão humanas como o processo de aprendizagem.

Aqui reside, o que percebo, a mudança de pardigma. A idéia é re-humanizar as relações produtivas, e reposicionar o homem dentro de uma estrutura orgânica de articulação de recursos e capacidade de trabalho. Mas, isso implica na criação de um novo paradigma cujos fundamentos filosóficos dêem respostas a essa demanda.

Como a pedagogia é um ciência da práxis (e não do pragmatismo ou ativismo) educacional, é importante pensar que ela pode ter alguma resposta teórica à demanda de uma gestão humananizadora.

Seguindo esse viés, econtrei em Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire, uma reflexão de grande expressividade filosófica que pode fornecer importantes fundamentos para uma filosofia da gestão. Entendo que há a possibilidade de um importante diálogo entre a Pedagogia Libertadora e os novos paradigmas da gestão que levam em conta o humano.

Paulo Freire (1977), aborda brilhantemente algumas idéias imporantes para essa contribuição teórica:

1) Diálogo
2) Estrutura Orgânica
3) Líder Revolucionário

O diálogo é uma resposta à estrutura monológicas e unilaterais. A idéia de estrutura orgânica é uma resposta às estruturas mecânicas e "necrófilas" nas palavras de Paulo Freire, que não levam em conta as subjetividades e privam os sujeitos do saber, ao invés de colocá-los como sujeitos do conhecimento em uma produção dialógica em que todos participam. E, finalmente, Paulo Freire propõe a imagem do líder revolucionário, o sujeito provocador, que conduz seus liderandos ao diálogo e provoca-os à serem sujeitos do pensamento e não reprodutores de um saber que os oprime no processo.

Essas são algumas das idéias que coloco no artigo, que espero possa contribuir com alguma reflexão sobre gestão x educação.

Atualização de notícia (02/09/08): O artigo foi aprovado e será publicado pelo VI Encontro Internacional do Fórum Paulo Freire, acesse aqui informações atualizadas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.





ATAQUE TERRORISTA EM UMA YESHIVÁ EM JERSUALÉM


Por Igor Miguel

Agora a pouco (06/03 às 20 horas de Israel) aconteceu um trágico atentado em Jerusalém, em uma escola rabínica (Yeshivá) onde vários jovens judeus se debruçavam em estudar a Torá (lei) e foram supreendidos por homens armados que se infiltraram no local e dispararam várias rajadas contra os presentes. A impressa israelense (em seus divesrsos seguimentos) transmite os detalhes ao vivo e o que se percebe é a comoção generalizada nesse momento em Israel e novamente a face sombria do terrorismo fundamentalista atinge inocentes. Em um conflito complexo e de múltiplas facetas. Em meio a esta confusão é inevitável o partidarismo ou a neutralidade. Porém, deve-se deixar bem claro o que é óbvio. Israel tenta há muitos anos um diálogo que resulte em algo concreto em relação aos palestinos. Mas, sempre há o ruído do fundamentalismo do Hamás e outros grupos fundamentalista, que insistem em usar a grande população como massa de manobra ideológica e escudos humanos. É lamentável ver estas feridas abertas, devido aos diversos conflitos no diálogo entre judeus e palestinos, e a ruína dos diversos tratados que já foram tratados em direção a uma paz que vá além das paixões de cada lado.

Oremos pela paz de Jerusalém... Oremos pelos povos que encontram nessa cidade inspiração!

Para mais notícias:

Jerusalem Post - www.jpost.com
Haaretz Newspaper - www.haaretz.com
CNN - www.cnn.com

5 de mar. de 2008 | By: @igorpensar
Uma máxima mínima...

Por Igor Miguel

As vezes me vêm à mente algumas máximas, que não sei se elas me "vêm" ou se "vou" a elas. Mas, vale a pena pensar em uma frase que nasceu de algumas reflexões que fiz sobre minha trajetória existencial, sobre essa dolorosa transição da infância para a idade adulta. Fruto da angústia de querer estar lá na vila de pescadores de Américo Vespúcio de 500 anos atrás, mas ao mesmo tempo estar na selva de pedras entre os minérios de poucas décadas. A ruptura com o passado dói, entre a insistência em querer ser o que fomos, e o que devemos ser.

Minha máxima...

Sou um girino virando sapo, mas estou longe de ser um sapo que virou príncipe.